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 Ordem dos Cavaleiros da Noite

   A Ordem dos Cavaleiros da Noite surgiu há centenas de anos. Esse grupo nasceu da união de mercenários, assassinos e cavaleiros renegados. Guerreiros que não apareciam nos contos sobre a história de Dascre, apenas nas histórias mais sombrias. Seu primeiro líder foi Agnio, “A Sombra”, que instituiu as regras da Ordem. Eles não teriam uma base, mas percorreriam todo o continente fazendo serviços para os mais diversos lordes. Seus membros vestiriam roupas negras, para se camuflar na noite, o período em que os guerreiros mais atacavam e usariam máscaras para que suas identidades não fossem conhecidas por aqueles que não pertenciam à Ordem. A liderança seria passada através de laços sanguíneos, com vantagem para os homens e, no caso de não haver herdeiros, a liderança seria passada para irmãos ou primos. Assim, a família de Agnio sempre lideraria os cavaleiros da noite. Essa medida foi criada para evitar que facções que apoiassem certos membros iniciassem conflitos pelo posto de líder, o que manteve a Ordem unida. Para que o grupo se mantivesse forte, o treinamento com as mais diversas armas começava já na infância, tanto para meninos, quanto para meninas. O ensino de leitura e escrita, além de aulas de geografia, história e medicina também eram normais dentro da Ordem, para que seus membros pudessem pensar e criar planos para sair das mais diversas situações. Seus membros eram tratados iguais, um não podia mandar no outro, apenas o líder do grupo podia fazer isso.

   Com o crescimento da Ordem, tanto em caráter econômico, quanto no número de seus membros, já que os cavaleiros da noite se tornavam cada vez mais uma organização de algumas famílias, Pelari, “A Lua Vermelha”, começou um projeto para construir uma fortaleza, assim nasceu a Fortaleza dos Cavaleiros da Noite. Esse marco dividiu a história do grupo em duas, mudando as ideias que o primeiro líder criou. Com a fundação da cidade a Ordem passou a se colocar como um estado paralelo, já que ela não seguia as leis de nenhum lorde, mas apenas as suas. Assim a Ordem dos Cavaleiros da Noite evoluiu de um grupo de mercenários para uma sociedade, com costumes, leis, tradições e cultura própria.

   A cultura dos cavaleiros da noite se pautava, em sua maioria, na rigidez e na discrição, demonstrações de afeto em público não eram permitidas, pois o grupo tentava formar guerreiros frios e fortes que podiam cumprir qualquer missão. Entretanto, a lealdade é uma marca destes, já que os cavaleiros da noite se veem como um povo, nascido da negação e exclusão dos outros. Assim esses devem se manter unidos e se ajudar, pois mais ninguém o fará. Por entender que lemas e brasões são símbolos de cavaleiros normais e famílias nobres, a Ordem não possui nenhum destes, tendo apenas frases criadas por seus membros que traduziam a ideia e o modo de sua cultura, sendo a principal e a mais conhecida: Eu sou a sombra que se esconde na escuridão/Eu sou a lâmina que corta sem ser vista/Eu sou a queda dos reis/Eu sou o temor dos guerreiros/Eu sou o sussurro dos covardes/Eu sou o mensageiro da morte/Eu sou um cavaleiro da noite.

   A Ordem dos Cavaleiros da Noite surgiu como mais um grupo mercenário, mas seu caráter familiar e história de união a transformou em um novo povo, criando uma identidade que nenhuma outra ordem militar tem em Dascre.

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