O Reino de Sinfia foi criado na Era dos Deuses, primeira era das Terras do Sol, por Sinfia, “A Rainha Escorpião”. Sinfia era a filha bastarda de um rei da região desértica que foi exilada após ter relações amorosas com o herdeiro do trono. Forçada a vagar pelo deserto, Sinfia e outros companheiros que a seguiram se estabeleceram em um oásis e lá construíram uma pequena base. Sob a liderança de Sinfia, o grupo foi treinado nas artes da guerra, as quais a exilada havia aprendido quando pequena, e começou a atacar caravanas e postos comerciais da região. A força de Sinfia e a postura violenta do grupo acabaram por atrair muitos inimigos, mas também aliados. Mercenários e guerreiros famosos na região, como Almir Aziz, “A Lâmina do Sol”, Kalil, “O Justo” e Faruk, “O Chacal da Montanha”, além de outros homens e mulheres, muitos filhos bastardos de reis e nobres das áreas desérticas se uniram a Sinfia e juntos juraram que criariam um reino em que todos poderiam viver. Com um forte exército, Sinfia atacou a cidade de seu pai e o assassinou, entretanto, poupou seus irmãos e irmãs bem nascidos desde que esses se ajoelhassem perante ela. Após a vitória, Sinfia foi coroada rainha e mudou o nome de seu antigo lar para Samaris, que significa “nosso lar”. Ela também criou um novo nome para sua família, tanto os irmãos e irmãs quanto seus aliados, eles seriam chamados de Alu Banar, “Os escorpiões”.

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   O Reino de Sinfia cresceu exponencialmente nas décadas seguintes, no entanto, na mesma época os roharis estavam em sua campanha para unificar o continente o que fez os sinfios terem de escolher entre a submissão e a guerra. Laila Alu Banar, rainha dos sinfios e neta de Sinfia, escolheu se unir aos roharis e tornou-se uma das principais forças dos conquistadores. Durante o regime rohari, os sinfios cresceram tanto economicamente quanto militarmente, devido à sua posição estratégica. O comércio marítimo no Mar das Dunas passava em sua grande parte por Samaris e como os roharis desejavam conquistar Dascre muitas tropas eram mantidas e treinadas na cidade, além de haverem grandes investimentos em equipamentos e fortalezas. Após a fracassada campanha rohari em Dascre e a independência de Sut, os sinfios viram que era o momento de ascender à maior potência das Terras do Sol. Após reunir diversos outros reinos insatisfeitos com o domínio rohari, os sinfios começaram uma guerra que duraria mais de cem anos, e que acabaria com esse reino unificando toda a Terra do Sol sob sua bandeira.

 

   Dascre também foi cobiçada pelos Fathari, fazendo muitas áreas serem conquistadas pelos estrangeiros. Foi no reinado de Nala Alu Banar, “A Rainha Sol”, que o reino viveria seu ápice, seus domínios se estendiam do continente de Den até a Terra das Montanhas de Dascre. Mesmo com o passar de vários séculos, o domínio sinfio se manteve forte e as rebeliões que surgiam eram rapidamente contidas. Embora a derrota em Lemar e na Terra as Montanhas, em Dascre, tenham abalado os alicerces do reino, este não perdeu tempo e através de casamentos políticos e campanhas militares sangrentas manteve sua autoridade em grande parte de seus domínios. O poder atual do Reino de Sinfia é só uma sombra de seu glorioso passado, entretanto, ainda é algo a ser temido e respeitado por inimigos e aliados.

 

   Os sinfios seguem a religião dos Senhores do Sol, embora permitam que outras divindades sejam cultuadas, a longa dominação dos sinfios fez com que sua cultura e idioma fossem amplamente difundidos e assimilados por quase todo o continente, por isso tanto sua fé quanto sua língua tornaram-se uma das maiores das Terras do Sol. Diferente dos roharis, os sinfios permitem que mulheres se tornem as líderes do reino, além de bastardos desde que não exista um sucessor direto do casal real. O líder do reino é chamado de Fathari, e este é considerado um deus em forma de homem. Assim como na época dos roharis, a escravidão é permitida, mas, após diversas rebeliões de escravos, esse sistema foi mudado. Os cativos por guerra ou venda passaram a não ser cuidados ou punidos tão severamente e os escravos por dívidas não poderiam trabalhar em funções que causassem lesões ou doenças graves, como a mineração e a prostituição. Além disso, o combate até a morte em arenas de gladiadores foi abolido. Os sinfios também mudaram o sistema monetário e jurídico, seu dinheiro e leis tornaram-se os únicos meios legais de pagamento e ordem no continente.   

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   O Reino de Sinfia é o maior e mais importante reino das Terras do Sol. Embora seu auge esteja no passado, sua grandeza militar e cultural ainda é enorme. Sua influência ultrapassa fronteiras, línguas e crenças, o que fez dos sinfios o povo mais influente de toda a história das Terras do Sol e um dos maiores do mundo. O que é chamado de a Terra das Mil Tribos pode, se depender dos sinfios, se tornar apenas conhecida como a terra dos sinfios.