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DILON ACCIPITER

   Dilon Accipiter, “O Vingador”, era o primogênito de Digon, um jovem determinado e ambicioso, que pouco ouvia seus conselheiros. O príncipe estava junto ao pai quando este foi envenenado. O clamor por vingança rapidamente tomou seu coração e, com o apoio total dos vassalos, se preparou para invadir o Reino de Sinfia. O controle do império foi deixado sob a responsabilidade de sua mãe, embora ela não fosse considerada a verdadeira líder. Dilon partiu seis meses após o assassinato de seu pai, com uma tropa modesta, de apenas seis mil homens, e Fobras. Devido à pressa, do novo imperador por vingança, não houve tempo de reunir e treinar mais homens para o exército imperial, fazendo com que muitos de seus comandados fossem mercenários.

   A invasão das Terras do Sol aconteceu ao norte de Sarzi, longe dos principais centros urbanos, para evitar passar pela Ilha de Cílica e iniciar um embate contra a frota lá aportada. A armada imperial atracou na cidade portuária de Halah, sem qualquer resistência. Os sinfios já haviam evacuado a cidade e os vilarejos próximos, queimando e envenenando tudo que deixavam para trás. Dilon então marchou para Sarzi com o intuito de dominar a segunda cidade mais importante de Sinfia, entretanto, a falta de conhecimento da região e o inóspito ambiente dificultaram a campanha. Os pequenos e velozes ataques dos sinfios contra o exército destruíam a moral e matavam os retardatários. Sem ter como continuar a invasão, o imperador ordenou o retorno a Halah, para se reagrupar com a frota e esperar reforços de Dascre.

   Quando chegou à cidade, Dilon se deparou com o pior cenário possível. A frota sinfia destruíra sua armada, nem Fobras conseguiu impedir a derrota naval. Cercado por terra e mar Dilon teve de esperar reforços de Dascre, entretanto, ninguém no continente sabia se o imperador estava vivo, impossibilitando assim o envio de ajuda. A única chance de pedir socorro era enviar Fobras a Nase para avisar sobre a caótica situação, mas se assim o fizesse os exércitos sinfios invadiriam e matariam todos em Halah, sem misericórdia. Desesperado, o imperador ordenou a Fobras que buscasse ajuda em Nase, e assim o dragão fez, deixando para trás a pequena cidade, cercada por dezenas de milhares de sinfios.

   Ao entrar em Nase e dar a notícia do cerco, o desespero se alastrou por Dascre. Não podiam perder mais um imperador, não em apenas um ano. Por ordem da coroa todos os navios de guerra de Dascre deveriam se unir para salvar o imperador, e assim o fizeram. Centenas de navios rumaram até Halah e contra a frota sinfia uma batalha de meses teve início, enquanto Dilon resistia na cidade. A disputa naval finalmente terminou permitindo que os reforços imperiais chegassem, mas já era tarde. Halah estava em chamas, o exército imperial destruído e o imperador desaparecido. Assumindo a liderança das tropas, Drebe Accipiter começou uma busca pelo imperador desaparecido. Durante anos as diligências se mantiveram, com dezenas de embates entre os dascreanos e os sinfios, até que Dilon foi achado, preso em uma masmorra, morto. Embora o desejo por vingança e sangue ainda fossem grandes, as tropas imperiais e o tesouro estavam esgotados forçando a retirada para Dascre. Com a morte de Dilon, seu irmão Arios IV assumiu o trono, na situação mais complicada que o império vivia.

   O imperador Dilon Accipiter governou por nove anos, embora tenha passado quase todo seu governo preso. Como homenagem ao homem que tentou vingar seu pai e todos os que morreram contra os sinfios, o histórico de seu reinado continuou apesar do encarceramento do governante.

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