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DIGON III ACCIPITER

   Digon III Accipiter, “O Construtor”, assumiu a coroa durante um longo período de paz. Os exércitos nortistas seguiam em seu território, indiferentes ao que acontecia em Dascre; nas Terras do Sol o Reino de Sinfia voltava a se erguer, mas era apenas uma sombra do que uma vez fora, incapaz de representar qualquer perigo ao império. Nesse cenário pacífico e de prosperidade, Digon III começou seus planos para construir uma nova Dascre. Centenas de quilômetros de estradas foram construídos no continente ligando as principais cidades, tarifas foram diminuídas para o crescimento do comércio e até um acordo de transações mercantis foi assinado com os sinfios, possibilitando que os dois continentes pudessem reatar suas relações e esquecer o passado de conflitos, entretanto, apenas as cidades de Ecarne e Sarzi poderiam receber navios das duas regiões.

  

   No campo político, Digon III procurou se aproximar da família Rolios, à qual seu pai quase destruíra, restabelecendo parte de suas terras que outros nobres e a coroa haviam tomado. O fato desagradou os Baçara e os Calani, principais famílias do Sul, quase levando a uma rebelião contra o império, entretanto, por falta de aliados as duas famílias optaram por aceitar a devolução das terras a ter que entrar em uma batalha que seria perdida. Outras regiões que receberam grande atenção do imperador foram as Ilhas da Chuva, com o casamento entre o filho mais velho do regente de Neros e a filha do imperador, e a união entre o primogênito do soberano e a filha do lorde de Touran. Outras regiões também recebiam a atenção do imperador, embora menor.

  

   Digon III procurou, a todo o momento, difundir sua autoridade entre as várias regiões de Dascre. Os casamentos e a devolução de terras para famílias derrotadas eram algumas de suas práticas, entretanto, não eram as únicas. Digon III tinha vários conselheiros, escolhidos pelas famílias nobres, para mostrar que a voz de todos era ouvida na corte. Os torneios de cavaleiros também eram usados pelo imperador como forma de aproximação. Seu irmão mais novo, Louis, ganhava ou perdia as disputas de acordo com as ordens de seu imperador, não se importando em parecer fraco se isso fosse o melhor para a família.

 

   Ao fim de seu reinado, Digon III começou um projeto audacioso, um plano para construir uma cidade que não carregasse o passado de uma só família, mas que simbolizasse a união entre toda Dascre. Ele a chamou de Capital Imperial. Os projetos e a construção eram supervisionados pelo próprio imperador que via no mármore e na terra lá colocados uma luz para um novo império, entretanto, Digon III não pôde ver sua obra concluída. Durante uma caçada com nobres da Diamantina, foi atacado por um leão da montanha e acabou falecendo devido aos ferimentos.

  

   Digon III governou por catorze anos. Seu reinado uniu as várias regiões sob o poder da coroa, estabelecendo não uma relação de soberania e vassalagem, mas de companheirismo, algo que seria aperfeiçoado por seu filho e neta. Seus planos econômicos também trouxeram prosperidade e o início do fim das antigas rixas com o Reino de Sinfia. O "Construtor" não fez apenas estradas e cidades, mas construiu uma nova ideia, a de uma Dascre unida.

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