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ALEXANDRE ACCIPITER

   Alexandre Accipiter, “O Protetor”, foi o segundo filho de Catarina. Embora não fosse um guerreiro como a mãe, era carismático e possuía uma mente brilhante. Junto ao irmão mais novo, Daru, se tornou um dos maiores representantes da família Accipiter e fiel seguidor de sua mãe. Os anos de paz conquistados após a unificação de Dascre não significavam que a coroa estava protegida. A primogênita da imperatriz e primeira na linha de sucessão, Alícia, teve sua caravana atacada e a vida interrompida durante uma viagem a Mountrum. A morte da jovem gerou grande comoção na família, principalmente em Alexandre que foi incumbido de punir os assassinos. Durante meses o príncipe caçou e matou os homens que estiveram no ataque. Ao retornar para a Capital Imperial, orgulhoso de ter vingado sua irmã, o herdeiro descobriu que sua mãe falecera na noite anterior. A perda de Catarina e da irmã em um período tão curto abalaram o novo imperador, mas guiado por Daru esse se reergueu.

  

   Alexandre assumiu o trono com uma idade já avançada para a maioria dos imperadores, mas com o espírito de levar o nome e a honra da família a novos patamares. Querendo demonstrar força diante do exército que perdera sua maior líder e com a responsabilidade de ser um comandante como sua mãe fora, o imperador ordenou a invasão a província de Sharcar, no Reino de Sinfia. Os exércitos imperiais comandados por Eduardo Pinali, não demoraram em garantir a conquista de Sharcar. Mesmo que para os sinfios fosse perigoso ter tropas dascreanas tão perto de seu território, o reino ainda não tinha forças para uma nova guerra com o império, se limitando apenas a colocar mais soldados na fronteira. Aclamado pela vitória em terras estrangeiras, Alexandre começou projetos que alavancariam a economia na Terra do Fogo e nas regiões controladas pela coroa.

 

   Os tempos de paz do reinado de Alexandre perduraram por alguns anos, mas o espírito de liberdade nortista levou a Dascre uma nova guerra. Embora a rebelião não fosse um movimento homogêneo de todo o Norte, algumas famílias preferiam se manter neutras, a força dos rebeldes ainda era considerada perigosa. O imperador então ordenou que seu irmão Daru restaurasse a ordem na região. Esse assim o fez, mas através do uso de força desproporcional até para os padrões nortistas. Dezenas de vilas foram queimadas e saqueadas, os rebeldes que se rendiam eram mortos sem piedade. Apenas os nobres eram poupados com o pretexto de humilhar a honra de suas famílias. A campanha sangrenta do regente de Rivos desagradara Alexandre que considerou que aquela violência só atiçaria as demais famílias nortistas, algo que Daru não negou. A rebelião nortista não durou muito. Após a rendição dos últimos rebeldes, Daru retornou à Capital Imperial como herói, mas as desavenças com seu irmão estremeceu a relação entre os dois. Aos poucos, Daru foi perdendo espaço com o imperador. Os dois irmãos só voltaram a se ver quando o cargo de conselheiro foi desocupado e Daru recomendou Trafius, um homem que o havia ajudado e aconselhado na batalha contra alguns inimigos. Querendo se reconciliar com o irmão mais novo, Alexandre aceitou a indicação, mesmo que pouco conhecesse sobre aquele homem. A reaproximação dos parentes parecia levar a coroa a uma nova era, mas esse novo período era visto de maneira diferente em cada região.

  

   Alexandre Accipiter assumiu aos vinte nove anos, com um projeto ambicioso de continuar o legado da mãe. Ele derrotou regiões e rebeliões que se colocavam contra a ordem da coroa mantendo o império unido. O Protetor como ficou conhecido protegeu as conquistas e os alicerces do império.

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