Ordem dos Guardiões
A Ordem dos Guardiões teve início no reinado do oitavo imperador de Dascre, Arios IV Accipiter. Foi fundada por Sir Thomas Tarred e outros oito renomados cavaleiros de diferentes partes do império. Inicialmente, esse grupo se colocou como guarda-costas do imperador, criando uma pequena sede em Rivos. Entretanto, com o passar dos anos e o crescimento de sua fama, outros guerreiros leais à coroa e sem chances de herdarem terras se uniram aos guardiões. Thomas Tarred, ao perceber a força militar que nascia, criou com o apoio de Sir Antônio Calani e de Sir Dilon Accipiter um conjunto de regras e medidas que regeriam a Ordem dos Guardiões. Dentre as principais estavam: a hierarquização militar do grupo; o abandono dos nomes familiares, bens e títulos após a entrada na Ordem; não matar, ferir ou torturar inimigos rendidos; não abandonar a Ordem e lealdade total à coroa. Com essas medidas, Thomas Tarred foi escolhido como primeiro comandante da Ordem dos Guardiões e deu início a ordem militar mais forte de Dascre.
Através dos anos a Ordem dos Guardiões cresceu e se espalhou por Dascre. A sede em Rivos foi abandonada para dar lugar a uma fortaleza na Capital Imperial e outras posições de igual importância foram erguidas. As fortalezas Safira, Azul e Boreal, distribuídas pelo continente são uma demonstração do alcance desse grupo. Cada localidade possui a mesma hierarquia, o comandante administra a fortaleza, o subcomandante assiste ao comandante, o capitão da fortaleza cuida das defesas da posição e recebimento de missões vindas da Fortaleza Imperial, o sargento da fortaleza treina os recrutas e guardiões mais veteranos. Além da alta hierarquia das fortalezas, estas também possuem capitães que comandam grupos enviados em missões de ataque ou de defesa de posições e guardiões de baixa posição que realizam essas tarefas sob comando dos oficiais. Outras funções como cozinheiro e vigia são exercidas por guardiões de baixa posição. Embora nenhuma fortaleza se coloque acima de outra, o Comandante Supremo que administra a Fortaleza Imperial tem autoridade superior aos outros oficiais, distribuindo missões e ordens que cada sede deve cumprir, mas sem controlar como cada uma deve ser regida. Assim, cada comandante tem liberdade para escolher seus oficiais e como estes serão usados. Apenas a escolha do maior cargo da Ordem é feita de forma democrática, com cada líder de sede dando seu voto para decidir quem será o próximo Comandante Supremo, além de um testamento do antigo Comandante Supremo que também serve como voto. No caso de sucessão para o posto de comandante de fortaleza, essa se dá através da hierarquia da sede, sendo o subcomandante o primeiro da linha sucessória e logo depois o capitão da fortaleza. Caso ninguém da alta hierarquia possa assumir o posto de comandante da fortaleza, este será dado ao guardião mais velho.
Por ser uma força militar ligada à coroa, a Ordem dos Guardiões tem autoridade total dentro do império, entretanto, por tal razão ela também está restrita pela lei do Estado e por seus próprios princípios, diferencia-se de grupos mercenários por causa desse controle de sua autoridade e poder. Por ser um braço militar da coroa, e não do exército imperial, essas duas instituições não têm ligação hierárquica, não pode um comandante do exército dar ordens a um guardião. Apenas o príncipe e o imperador podem comandar ambas organizações, mas somente o monarca tem poder absoluto sobre os dois grupos. Diferente de outras organizações militares ligadas à coroa ou a casas nobres, a Ordem dos Guardiões admite a entrada de mulheres, mas isso apenas aconteceu a partir do reinado de Catarina Accipiter.
O lema da Ordem dos Guardiões: “Proteger o império, proteger o imperador, proteger a paz”, se manteve desde sua fundação, assim como o brasão que é o mesmo da casa Accipiter. Os uniformes eram inicialmente armaduras brancas, simbolizando a luz que o império trazia, entretanto, após a admissão de plebeus na Ordem as roupas mudaram para casacos brancos, com o intuito de mostrar que todos os seus membros eram iguais e que lutavam pelo mesmo objetivo. Apenas os comandantes e Comandante Supremo possuem uniformes diferentes, cada um condizente com a fortaleza que comandam. O grupo nunca sofreu uma grande ruptura, embora tenham existido outros subgrupos dentro da Ordem, como os guardiões cinzas e azuis, estes eram considerados facções independentes que mesmo sendo chamados de guardiões seguiam apenas o comando do imperador ou de seus próprios líderes.
A Ordem dos Guardiões nasceu com o objetivo de lutar pela coroa e enquanto crescia também se tornava mais forte, tornando-se o grupo militar mais poderoso de toda Dascre. Os guardiões ficaram conhecidos por toda Dascre e outras terras distantes, como os grandes guerreiros que protegem o imperador e seu povo.