Fé dos Guerreiros de Gelo
A Fé dos Guerreiros de Gelo é uma das religiões mais antigas de Dascre, existe desde a Era dos Guerreiros e é seguida principalmente no Norte e na Terra da Neve. Ela era, inicialmente, uma religião de tribos bárbaras que viviam isoladas no Norte. Entretanto, após a derrota dos insubmissos para as Quatro Cidades, Norios Norav aproveitou-se da descrença de seus aliados com seus deuses e com o objetivo de criar uma identidade e um povo que uniria todas as famílias derrotadas se converteu a Fé dos Guerreiros de Gelo e levou os demais também a fazerem. Assim, o culto rapidamente ganhou mais força e ajudou a moldar a cultura nortista.
O panteão é composto por dois deuses principais, Winom, “Rei dos Deuses”, e Mlika, sua esposa, “Deusa da Sabedoria e da Família”. Ambos nasceram em um reino congelado, há muito esquecido, e como desejavam recriar seu lar, os dois o dividiram em quatro mundos conectados por uma ponte de gelo. Para ajudá-los a moldar e administrar os diferentes planos, os dois deuses tiveram oito filhos. Dentre eles, quatro construíram e guiam o mundo dos homens; Rothi, “Mestre dos Guerreiros e da Guerra”; Tenalis, “Deus da Terra e da Construção”; Mage, “Senhor dos Mares” e Alin, “A Regente dos Céus”. A quinta divindade atua como uma conexão entre os quatro mundos, sendo a deusa da vida e da morte, conhecida como Halari, responsável por dar a existência aos homens e tirá-la. Ela também julga os atos dos mortos para decidir o destino das almas. Após o julgamento, os falecidos podem ir para três lugares: Rapis, a terra dos deuses para servir a suas divindades como guerreiros ou serviçais; Valam, onde as almas dos mais fracos vão para descansar eternamente; e Esbrat, lugar reservado para aqueles que desobedecessem aos credos da Fé dos Guerreiros de Gelo e onde serão torturados até pagarem pelos crimes que cometeram. Para impedir que o descanso dos falecidos seja interrompido, a deusa Nalia protege os portões de Valam para impedir que almas corrompidas entrem, enquanto seu irmão Nolio guarda a saída de Esbrat, para evitar que algum prisioneiro fuja e tente destruir a paz dos quatro mundos.
Em oposição aos deuses existem entidades conhecidas como "puristas", mortos que não aceitam o poder das divindades e planejam destroná-las para criarem uma nova ordem entre os quatro mundos. Estas criaturas seguem o deus caído Rarok, antigo senhor de Valam, que começou uma guerra contra seu pai Winom pelo trono de Rapis.
A Fé dos Guerreiros de Gelo não possui sacerdotes, mas sim escrituras que contam a origem dos mundos e lições que os deuses exigem que os humanos sigam. As principais leis que seus seguidores devem seguir são: não trair seus companheiros, nem sua família; jamais se render em meio a uma luta; apenas se ajoelhar perante os deuses; fazer grandes celebrações sempre que alguém nascer e a cada aniversário deste oferecer uma oferenda aos deuses. Seguidas essas regras, o indivíduo não irá para Esbrat, entretanto, suas ações em vida decidirão se ele irá para Valam ou Rapis, quanto melhor guerreiro e mais honrado este for, maiores serão suas chances de servir aos deuses.