Família Maleno
A família Maleno teve início na Era dos Guerreiros. Antes da invasão rohari, Dascre era separada em muitas tribos e pequenas cidades, dentre elas estava a cidade de Eno, uma pequena comunidade portuária da Terra da Prata. Hétio, fundador da casa Maleno, vivia nesse lugar e era um dos principais guerreiros do senhor local. Por ser um importante entreposto comercial, a cidade de Eno era almejada por outros líderes tribais e capitães piratas, mas as montanhas que a cercavam ofereciam uma defesa natural e dificilmente superável. Sabendo dessa dificuldade, Ceren Cortacéu ofereceu a mão de sua filha, algumas de suas terras e uma parte dos tesouros de Eno a Hétio em troca deste mostrar uma maneira mais fácil de chegar à cidade. O guerreiro, tomado pela ganância, aceitou prontamente e guiou os soldados de Ceren por uma passagem secreta. Ao chegarem ao porto, os invasores saquearam e tomaram Eno, com poucos sobreviventes conseguindo escapar. Após a vitória, Hétio foi recompensado com as promessas de Ceren. Entretanto, ele e sua família ficaram marcados com a alcunha de "mal de Eno", criando indiretamente os Maleno.
A ajuda dos descendentes de Hétio ao “Primeiro Rei” não alterou a visão depreciativa que as demais famílias tinham deles, assim, finalmente, os Maleno aceitaram o castigável nome. No decorrer da Era dos Reis, os Maleno tentaram expandir suas terras, mas a caótica situação política que a Terra da Prata vivia tornava impossível que qualquer família assumisse a coroa da região. A queda dos Cortacéu e a ascensão dos Fevano só piorou a situação dos Maleno que perdiam seu único aliado e se isolavam do cenário político. Agora a família lutava desesperadamente pela sobrevivência. Mesmo a construção de Tanes, sede da casa Maleno, e as várias minas de prata que eles possuíam não alteraram sua ruína gradual e melancólica.
Durante a Era das Quatro Cidades, os Maleno adotaram uma posição neutra na guerra e fizeram de Tanes uma cidade que, regularmente, recebia reuniões de lordes opositores para discutir sobre períodos de paz ou trocas de prisioneiros. Essa postura diplomática adicionada ao clima de rivalidade que cresceu entre as diferentes famílias fez a visão sobre os Maleno mudar aos poucos, retirando-os da posição de renegados que sempre viveram. O fim da Guerra das Quatro Cidades foi crucial para o crescimento econômico de Tanes, já que com o término do conflito as cidades, de lados opostos, podiam voltar a comercializar. Como os Maleno tinham construído relações diplomáticas com a maioria das casas nobres, isso os colocou em uma importante posição comercial, e muitas vezes serviram de intermediários entre as cidades.
Na Era dos Dragões os Maleno viveram seu auge, aumentaram seus tesouros e terras, sem, no entanto, perder sua posição neutra, através de alianças e acordos. Essa disposição de Tanes fez com que a família não entrasse em confronto com os Accipiters durante as Guerras de Unificação, ganhando assim o posto de governadores da região.
Os Maleno foram, durante um longo período, a família mais odiada de Dascre, e sua sobrevivência foi ameaçada por esse sentimento. Apenas ao adotarem uma posição neutra e com as rivalidades crescentes, após a Guerra das Quatro Cidades, é que os Maleno conseguiram ocupar a posição que durante toda sua história tentaram. O brasão dos Maleno é um escudo prateado coberto com joias em fundo marrom. O escudo representa a força; as joias, a riqueza da família e o fundo marrom faz menção as montanhas que se encontram espalhadas pela Terra da Prata.