Família Tisono
A família Tisono surgiu na Era dos Guerreiros. O fundador desta casa, chamado de Tis, era o líder de uma tribo na região de Candes, embora fosse muito esperto e perspicaz, era também extremamente preguiçoso, o que o levou a ser conhecido como Tis com sono. Seus descendentes foram então nomeados como os Tisono, uma alcunha que diferente dos Maleno era levada pela família de forma humorística. Os Tisono foram uma das famílias que lutaram ao lado do “Primeiro Rei” contra os roharis, e se tornaram um dos principais aliados de Borios Candes quando a guerra acabou e a Era dos Reis começou.
Assim como a grande maioria das famílias da região de Candes, os Tisono escolheram Borios Candes para ser seu rei. Candes era uma terra pobre, sem muitos minerais ou solo bom para a agricultura, entretanto, assim como o seu ancestral, os Tisono eram muito inteligentes na arte da guerra e no entendimento do cenário político, ajudando seu rei a figurar como um dos mais fortes naquele período. Com o passar dos anos, os Tisono aumentaram demasiadamente sua força e influência na região, o que provocou a inveja de Agnios Candes, bisneto de Borios. Tomado pelo medo de ver os Tisono se apoderarem de sua coroa, Agnios reuniu seus aliados e desferiu um feroz ataque a Benam, sede da família Tisono, provocando a morte de quase todos os seus membros. Os poucos sobreviventes fugiram para uma região pantanosa e lá permaneceram, longe do alcance de Agnios. Anos se passaram e a ameaça dos sobreviventes Tisono foi esquecida, fazendo o já velho rei relaxar. Entretanto, durante o casamento de seu terceiro filho, a vingança dos Tisono veio. Infiltrados no castelo real, os sobreviventes envenenaram a comida e a bebida da cerimônia, o que causou a morte de vários membros da família Candes e seus aliados. O golpe final foi dado com o apoio dos Bardevin e dos Durimono que, juntos, destruíram a sede da família real e protagonizaram o maior massacre que aquela terra já vira. Com os Candes extintos, uma longa guerra civil se iniciou pela coroa do reino.
A guerra pela coroa de Candes só se findou com o início da Guerra das Quatro Cidades e a intervenção dos elementares da terra para que o conflito parasse. Sem um rei para guiar as várias casas, Candes foi dividida entre a Cidade do Fogo e a Cidade da Terra. Os Tisono, subordinados dos elementares da terra, usaram sua perspicácia para se tornarem uma das famílias líderes da aliança, mesmo que os Juquilo fossem a principal. Sua nova sede, Mainte, se localizava no meio dos pântanos, o que dificultava ataques inimigos, assim sua sede conseguiu sair relativamente ilesa da guerra. O fim da Guerra das Quatro Cidades, o vácuo de poder e a ruina ou miséria de muitas casas nobres na região fez os Tisono tomarem a coroa de Candes com relativa facilidade. Mesmo com a região unida novamente, ela ainda era uma das mais fracas, instáveis e pobres de Dascre. O reinado dos Tisono foi marcado por diversas disputas e conflitos entre as famílias que disputavam as melhores terras. Esse cenário caótico foi decisivo para os sinfios iniciarem seus planos expansionistas naquela área, levando a construção de mais uma colônia em Dascre, como já acontecia na Terra das Montanhas e Lemar. O ponto de partida desta expansão se deu com a construção de Ecarne. Com medo de que os sinfios pudessem conquistar toda Candes, Dulin Tisono reuniu aliados e adversários para lutar contra os invasores. Após séculos Candes estava novamente reunida, mas seus exércitos não foram capazes de derrotar os invasores. Com a batalha perdida os sinfios se coroaram senhores de Candes e grande parte das casas nobres foi obrigada a aceitar a dominação, sendo forçadas a jurar vassalagem aos conquistadores ou pagarem altas quantias para que suas terras não fossem invadidas. Os Tisono, juntos aos Durimonos e outros aliados, ainda exerceram uma oposição aos invasores, mas o máximo que conseguiam era conter os exércitos sinfios de dominarem toda Candes, assim, novamente, a região foi dividida.
A resistência dos Tisono e a brutal ocupação sinfia fizeram com que os candistas se unissem pouco a pouco, e superassem as antigas rivalidades. Diversos acontecimentos como o Cerco dos Imortais e a Batalha por lorde Brenlim foram decisivos para uma união total das casas nobres para libertar a região dos invasores, mesmo assim, foi apenas com a ajuda dos Accipiters que Candes foi libertada. Em troca da ajuda militar, os candistas deveriam jurar fidelidade à casa Accipiter e aquela terra seria incorporada ao Império. Tomados pela fúria e pelo ódio aos sinfios, os candistas prontamente aceitaram e a última colônia sinfia em Dascre foi conquistada. Novamente os lordes de Candes escolheram seu líder e Abeas Tisono foi eleito governador de Candes. Desde a unificação com o Império Accipiter, Candes vive um período de paz e estabilidade, o que levou a mesma a ser um dos territórios mais leais à coroa.
Os Tisono, assim como a região de Candes, viveram períodos de altos e baixos. Tempos de guerra e paz marcaram fortemente a história da família e ajudaram a fortalecê-los. O brasão dos Tisono são duas lanças cruzadas em fundo verde. As armas representam a força e a união que os Tisono construíram no início do Reino de Candes e o fundo verde as planícies da região.